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Ref​é​m

by Enharmonic Khaos

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1.
Mais um dia comum por aqui Um pobre de farda matando um pobre sem farda Numa guerra sem sentido em que ninguém tem vitória E mantem o poder nas mãos de quem odeia o povo O sangue esta nas mãos daqueles que se dizem Redentores da população Sua culpa moral, irresponsável e doente Mais um fanático, sociopata Falsa segurança, real ameaça Um câncer maligno, um monte de lixo Falsos moralistas, cultuam seu cinismo Elitistas tomados pela lepra mental Política de segurança que é um plano de extermínio Um combate à violência que só torna ela maior Não é do interesse deles uma solução real Porque isso não lhes traz lucro ou ganho algum São doentes sanguinários que se fingem de heróis Que pensam na população e querem trazer a paz Suas mascaras de santo na verdade só escondem Que só querem te usar pra se perpetuar no poder O sangue escorre! Terror e violência em nome da justiça O sangue escorre! Ódio a todos os que são suas vitimas Dizem que vão acabar com toda a iniquidade Mas só quando os iníquos não são brancos e ricos Se agissem com os barões, como agem com os pobres Sabem o alarde que eles iriam criar Não passam de manobras para intimidar aqueles Que eles querem reprimir por outros motivos Apontam armas na cara de criança Executam pessoas da forma que bem querem Não são casos a parte, não são só fatalidades E uma rotina constante de uma indústria da morte Instaurada por pessoas que acham que suas vidas Tem mais valor que a daquelas que mandam em seu lugar Se tu mora em bairro nobre você é usuário Se mora na favela você é traficante Um apartheid organizado pelos que se dizem justos Pra oprimir pessoas que odeiam sem motivo Não querem que você se eduque, não querem que pense Toda essa desigualdade colabora com seus planos Eles sabem muito bem como acabar com os problemas Mas são os problemas que garantem a sua riqueza Te enchem de respostas pra você não perguntar Pois quem ousa questionar não pode ser de bem Não entre em seu caminho, você sabe qual o fim Interprete a realidade com os olhos de quem manda Todos nós sabemos que há outra solução Existem formas melhores de lidar com a questão Quando em todo lugar testado esse método deu errado Porque insistir pra comprovar o que é claro? Chega de acreditar nas mentiras que eles contam Esse banho de sangue não faz o menor sentido Se a direção já temos, só nos falta a seguir Então vamos lá, é hora de mudar! Chega de deixar eles controlarem! Chega de deixar eles manipularem!
2.
La vem o suposto cidadão de bem Um falso religioso Busca sempre a condenação alheia E clama por perdão pra si mesmo Intolerância é o seu guia E preconceito é o seu mestre Sempre pronto para falar Mas nunca disposto a ouvir Amante de suas próprias vaidades Elege Hitler e crucifica Cristo Cego pela própria miséria Idolatra seu algoz Arrogância e prepotência Sabe mais que todo mundo Incita o ódio, traz a guerra E então reclama quando sofre com ela Uma explosão de emoções Saindo de controle Tudo o que eu vejo É apenas histeria Tudo que eu vejo É alguém tomado Por um câncer espiritual Um completo desastre O que houve com a humildade? O que houve com o respeito? Foi tudo substituído por idiotices Uma esquizofrenia em massa Sempre abusando das palavras que prega Moldando como lhe convém E ignorando o que te complica Distorcendo conforme sua vontade Uma explosão de emoções Saindo de controle Tudo o que eu vejo É apenas histeria Tudo que eu vejo É alguém tomado Por um câncer espiritual Um completo desastre
3.
Refém 05:54
Ignore e esconda quem você é Viva de acordo com o que esperam de você Elimine seus traços de individualidade Mascare todas as suas fraquezas Dizem que somos todos iguais Enquanto formos como eles querem Não há espaço pra diferenças Apenas aceite e não questione (Pare de se rebelar) Vocês nunca tentam entender (Pare de ir contra as ordens) Tente me ouvir ao menos uma vez (Vai ser pior pra você) Julgam sem entender como é (É assim que tem que ser) Chega da sua censura! Só porque você é um refém Acha que eu tenho que ser também Mas já me cansei de viver assim Tire suas amarras das minhas mãos! A felicidade não se resume nas expectativas que botam na gente Nascer, crescer, reproduzir e morrer, e nesse meio tempo ganhar dinheiro Há muito a se viver além desse script que nos tentam forçar a seguir E ninguém pode te impor expectativas que querem para si Pare de deixar os seus sonhos pra trás com medo de decepções Pare de viver a sua vida preso no que os outros acham de você No fim das contas você percebera que é tudo tempo perdido Que você podia ter uma vida incrível, mas deixou ela na mão dos outros Só porque você é um refém Acha que eu tenho que ser também Mas já me cansei de viver assim Tire suas amarras das minhas mãos! E enfim chegou o dia Que as suas mãos não me sufocam mais Seus moldes e padrões ficam com você Sua dor e rancor eu abandonei Chega de viver sem perspectivas Pois, finalmente, consigo enxergar Que posso ser muito mais que pensei Distante destas correntes

credits

released December 4, 2020

Pedro Farinazzo (Vocals/Guitar/Bass)
Raphael Efez (Mix,Master,Artwork)

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about

Pedro Farinazzo Juiz De Fora, Brazil

Musician born in Juiz de Fora – Minas Gerais – Brazil, who been part of a lot of bands in his hometown,, currently a member of the one man band Enharmonic Khaos.

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